19.4.24

Sobre Que Importa a Fúria do Mar, de Ana Margarida de Carvalho



Disponível em www.relogiodagua.pt e a chegar às livrarias: Que Importa a Fúria do Mar, de Ana Margarida de Carvalho, com prefácio de José Manuel de Vasconcelos e posfácio de Afonso Cruz


«Acho que a Ana Margarida de Carvalho fez um livro bom.» [António Lobo Antunes, Ípsilon]


«Que Importa a Fúria do Mar afirma-se como um romance poderoso, quer pela textualidade trabalhada que assinala a vocação literária plena de uma escritora que chega e logo define um lugar seu, quer pelo tratamento capacitado do romancear. » [Maria Alzira Seixo, COLÓQUIO/Letras]


«Inesquecível.» [João Céu e Silva, Diário de Notícias]


«Um bom romance com personagens e ambientes que irão persistir e de uma maturidade autoral que vai rareando […], sobretudo se pensarmos que se trata de uma estreia.» [Isabel Lucas, Público]


«Que Importa a Fúria do Mar é um gato que foi de uma autora e que muda de dono e se aninha nos leitores. É um parafuso que anda às voltas para furar a direito.» [Afonso Cruz, Visão]


«Um raro romance — para mais sendo uma estreia literária — tão violento quanto lírico, tão surpreendente quanto sereno.» [Miguel Real, JL]


«Há muito que não se saboreava uma prosa tão rica, cheia de expressões que quase se mastigam mentalmente, fazendo-nos voltar atrás, rebobinar a leitura […], sentir o prazer intenso do texto.» [José Manuel de Vasconcelos]


Que Importa a Fúria do Mar e outras obras de Ana Margarida de Carvalho estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/ana-margarida-de-carvalho/

De Suíte e Fúria, de Rui Nunes

 


«e as palavras surgem,

peças minúsculas, umas ao lado das outras,

coesas até à imprecação.

Como escrevia Heraclito? onde? nas margens de que rio? nas praias de que mar? no alpendre de que casa? na sombra de que parreira? de que pinheiro? ou não escrevia? falava ao ouvido do adolescente sentado na caruma, enquanto lhe passava a mão pelo cabelo e as formigas lhe subiam pelo branco da túnica? 

Por momentos, Heraclito calava­-se.   

Hoje, perguntamo­-nos o que é, o que era, esse silêncio.

E enchemo­-lo de palavras.

O adolescente, porém, só ouvia o zumbido das vespas e o movimento da mão a afugentar uma mosca.»


Suíte e Fúria e outras obras de Rui Nunes estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/rui-nunes/

Apresentação de «Paula Rego — A Luz e a Sombra», de Cristina Carvalho

 


Apresentação de «Paula Rego — A Luz e a Sombra», de Cristina Carvalho, em Arruda dos Vinhos, dia 20 de Abril, às 21:00


A Ericeira foi um dos locais onde Paula Rego passou muito tempo da sua infância e adolescência. Nesta localidade costeira, nos anos 50, a vida era rude, sobretudo para as mulheres. Cristina Carvalho, que há vários anos vive nesta zona e conhece o passado e o presente da vila piscatória e sua envolvência, procura recriar a vida da pintora neste ambiente.


“Para a Arte e nesta minha situação, o desenho, a pintura que sou eu própria, tudo na infância se resume a um olhar muito inquietante sobre o imenso planeta onde nasci. Hoje, sei que isto se chama — planeta. Já sei isso há muito tempo, mas não sei o que seja, realmente. Nessa época, alias, sempre e até hoje, existiu em mim o pressentimento de visões sobre fantasmas longínquos, de cavernas, de seres animalescos parecidos comigo; sempre e sempre as visitas aos sótãos e subterrâneos mais ocultos e indecifráveis da minha incendiária memória. Também a grande escalada hesitante nas volutas imprevistas do meu cérebro”


«Paula Rego — A Luz e a Sombra» e outras obras de Cristina Carvalho estão disponíveis em https://www.relogiodagua.pt/autor/cristina-carvalho/

Sobre As Confissões da Carne, de Michel Foucault

 


As Confissões da Carne é o quarto e último volume da História da Sexualidade, obra em que Michel Foucault se propôs a estudar a sexualidade humana desde a Antiguidade clássica até aos primeiros séculos do cristianismo. 

A elaboração definitiva de As Confissões da Carne, de acordo com Frédéric Gros, responsável pela edição, pode situar-se em 1981 e 1982. O livro foi editado em 2018, quando os herdeiros de Foucault consideraram reunidas as condições para a publicação do inédito, que concluía a análise de A Vontade de Saber, O Uso dos Prazeres e O Cuidado de Si.

O livro tem três partes. A primeira aborda os temas “Criação, procriação”, “O baptismo laborioso”, “A segunda penitência” e “A arte das artes”; a segunda, a “Virgindade e continência”, “Das artes da virgindade” e “Virgindade e conhecimento de si”; e a terceira, “O dever dos esposos”, “O bem e os bens do casamento” e “A libidinização do sexo”.


As Confissões da Carne (trad. Miguel Serras Pereira) e os outros volumes de História da Sexualidade estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/michel-foucault/

Sobre Três Ensaios sobre Teoria da Sexualidade, de Sigmund Freud

 


Três Ensaios sobre Teoria da Sexualidade é a melhor apresentação das concepções de Freud sobre a sexualidade infantil e a sua evolução e sobre os desvios do objecto da libido.


«Ao cabo de uma década a observar a recepção deste livro e os efeitos por ele provocados, decidi acrescentar à sua terceira edição algumas observações preliminares destinadas a impedir mal-entendidos e expectativas impossíveis de satisfazer. Antes de mais, afirme-se que as considerações aqui tecidas provêm inteiramente da experiência clínica quotidiana, à qual as conclusões da investigação psicanalítica deverão acrescentar profundidade e relevância científica.» [Do Prefácio da terceira edição]


Três Ensaios sobre Teoria da Sexualidade (trad. Nuno Batalha) e outras obras de Sigmund Freud estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/sigmund-freud/

Sobre A Origem do Homem e a Selecção Sexual, de Charles Darwin


 

«Nenhum homem poderia ter escrito sobre A Origem do Homem melhor que Charles Darwin. E nenhum livro criou uma tempestade tão duradoura, desde os tempos vitorianos até aos tempos modernos, com o seu argumento sobre a evolução humana e o mecanismo de divergência racial a que Darwin chamou “selecção sexual”. Sigmund Freud considerou-o um dos “dez livros mais importantes de todos os tempos”. Para George Eliot e Thomas Hardy, a obra intensificou os temas da ficção inglesa. E para cada Leslie Stephen, “feliz por ver os pobres animais a vingarem-se”, houve um deão de Canterbury a queixar-se dos cientistas que “apagaram a nossa existência”. Alguma vez um livro influenciou deste modo o mundo da ciência, literatura, teologia e filosofia?» [James Moore e Adrian Desmond]


A Origem do Homem e a Selecção Sexual (trad. Susana Varela) e outros livros de Charles Darwin disponíveis aqui: https://relogiodagua.pt/autor/charles-darwin/

18.4.24

Sobre O que Move o Silêncio do Cavalo e Anteriores Lugares, de Maria Andresen

 


Neste livro, editado em 2020, ressurgem os motivos da anterior poesia de Maria Andresen. Desde as referências cinematográficas, à pintura e à poesia de Wallace Stevens, de quem foi tradutora. Mas os versos adquirem agora um novo fôlego, um outro ritmo.


«CAMINHOS DE AREIA


Está uma noite tão quente

como no Sul de Faulkner


como numa varanda,

num outro Sul, o sonho


Só que agora não disponho

dos caminhos de areia,


das ásperas melopeias

da infinita noite de Bayard


do cão, das facas, do cavalo» [p. 21]


As obras de Maria Andresen editadas pela Relógio D’Água estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/maria-andresen-de-sousa/