12.3.18

Sobre Descrição Guerreira e Amorosa da Cidade de Lisboa, de Alexandre Andrade




«Como seria se, na sua demanda pelo Santo Graal, único objecto capaz de devolver a paz às terras do Rei Artur, os cavaleiros da Távola Redonda, como Lancelot e Perceval, estivessem na Lisboa do séc. XXI? Esta é a premissa de Descrição Guerreira e Amorosa da Cidade de Lisboa, o mais recente livro de Alexandre Andrade, editado ainda em 2017 pela Relógio d’Água. Nele, dois planos são sobrepostos; o primeiro, o de dois empregados de uma esplanada no Parque Eduardo VII que constantemente dialogam acerca das desventuras amorosas de um deles, que vê esfriar a sua relação com a namorada empregada no Almada Fórum e que vive em Corroios, não sabendo como resolver o assunto. O segundo, o do diálogo entre dois clientes anónimos que, todos os dias à mesma hora, qualquer que seja a meteorologia, se reúnem naquela esplanada pedindo sempre dois cafés e duas águas tónicas, uma com gelo e outra sem gelo. Ora, é na conversa entre estes dois clientes que entra a “Matéria da Bretanha”, e as lendas a si associadas sobre a corte do Rei Artur e os cavaleiros da Távola Redonda.» [Miguel Fernandes Duarte, Comunidade Cultura e Arte, 20/2/0218]

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