9.1.18

Sobre Descrição Guerreira e Amorosa da Cidade de Lisboa, de Alexandre Andrade




«O modo como o autor articula os feitos de bravura e virtude dos cavaleiros, fazendo do mesmo passo a sua exegese e contextualização na história da literatura ocidental, dá a medida certa do seu imenso talento. O contraste entre os “episódios de heroísmo desinteressado” e a paisagem duma “Lisboa venal, medíocre e contemporânea” não podia ser mais nítido, nem mais irónico. Aos poucos, os relatos fragmentam-se (“Tudo se explicava, tudo se compunha, e ao mesmo tempo tudo voava em estilhaços”) e os vários planos coalescem, com mão de mestre. Quem sabe se o Graal não acabará na Margem Sul, testemunha de um amor que se cumpre através de uma palavra não dita?» [José Mário Silva, Expresso, E, 6/1/2018]

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