1.2.17

Sobre Rebuçados Venezianos, de Maria Filomena Molder




«Singular é também o discurso de Maria Filomena Molder sobre as obras de arte: há nele o treino e a armadura da disciplina filosófica, mas há uma forma de pensar que parece antes satisfazer aquele requisito hofmannsthaliano de um pensamento sem conceitos. Quando os filósofos escrevem sobre arte, quase sempre seguem o ideal dos conceitos. Nos casos mais extremos, é como se as obras de arte fossem uma ilustração ou representação de filosofemas. Esse discurso pode ser muito interessante e ter um grande alcance, mas serve um outro fim que não é o de revelar a vida intensiva das obras — missão que cabe ao discurso crítico. Que a experiência estética é um aspecto do não-conceptual, é uma questão cheia de consequências que surge explicitada várias vezes ao longo deste livro.» [António Guerreiro, Público, ípsilon, 27/1/17]

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