29.4.16

Sobre Um Holograma para o Rei, de Dave Eggers




«Dave Eggers (Boston, 1970) foi até há uns anos um dos “meninos de ouro” da nova literatura norte-americana, em conjunto com o imaginativo Jonathan Safran Foer e o ecléctico Michael Chabon. Jornalista de formação, fundador e editor da revista literária de culto, a McSweeney’s, estreou-se na literatura em 2000 com um romance que de imediato o catapultou para as preferências dos leitores e dos críticos, Uma Obra Enternecedora de Assombroso Génio (Quetzal, 2012), uma espécie de livro de memórias sobre os trágicos acontecimentos que foram a morte dos seus pais, com poucas semanas de diferença, à mistura com um pouco de ficção, e que chegou a ser finalista do Pulitzer Prize.
Escritor de uma versatilidade admirável, tem dividido o seu talento por livros de memórias, como O Sítio das Coisas Selvagens (Quetzal, 2009), histórias orais passadas à escrita, O Que É o Quê (Casa das Letras, 2009) — onde conta a história de um refugiado sudanês que conseguiu chegar aos Estados Unidos e que, curiosamente, há cerca de dois anos se tornou ministro da educação  no Sudão – ou ainda livros baseados em experiências surpreendentes e acontecimentos verídicos, escritos com o propósito de defender uma causa – em particular a dos direitos humanos, em Zeitoun (Quetzal, 2011), sobre os mecanismos kafkianos da justiça americana, a propósito da detenção de um habitante de Nova Orleães que se recusou deixar a cidade durante os dias do furacão Katrina.
Um Holograma para o Rei – recentemente adaptado ao cinema, tendo Tom Hanks como protagonista – é o seu primeiro “verdadeiro” romance deste que 2002 publicou Conhecereis a Nossa Velocidade! (Quetzal, 2011).» [José Riço Direitinho, Público, ípsilon, 29/4/16]

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