29.12.15

Sobre Neverness, de Ana Teresa Pereira


«Paira sobre a escrita de Ana Teresa Pereira, há muitos anos, a sombra de uma ameaça. Que ameaça? A do esgotamento de certas ideias e imagens que reaparecem sistematicamente na sua obra, com variações mínimas. Ora esse pretenso esgotamento está longe de acontecer porque as repetições não nascem de uma limitação criativa, antes dos próprios pressupostos ficcionais da escritora. (…) Na segunda novela, “A Primeira Noite de Quietude”, mais complexa, mais densa, tudo gira em torno de Kate. Como outras protagonistas em livros recentes, ela é uma actriz falhada, ex-bailarina que certo dia se feriu num tornozelo, livreira que ama edições antigas. Na sua vida há vários tempos e, em cada um deles, um homem. O problema está na forma como estes três círculos se sobrepõem e não se fecham, empurrando-a para um reduto de vulnerabilidade máxima, semelhante ao estado de quem na representação teatral, se transforma noutra pessoa, esse limite onde a personalidade arrisca “partir-se” de vez, caindo na loucura.» [José Mário Silva, E, Expresso, 24/12/2015]


23.12.15

O Jornal i Fala da Reedição de José Cardoso Pires


No suplemento Mais, do i, de 15 de Dezembro, Frederico Pedreira fala sobre a reedição da obra de José Cardoso Pires:

«Em tempos de um certo histerismo com novidades editoriais privadas do tempo necessário para sequer se darem a conhecer no espaço íntimo e de costas voltadas que é necessariamente o da leitura, quando somos levados a conviver com as pulsações aceleradas das grandes promessas literárias, talvez seja mais do que recomendável parar e atrasar um pouco a atenção na mestria de José Cardoso Pires, cuja obra tem vindo a ser reeditada pela Relógio D’Água, um gesto só por si vital e refrescante. E que melhor altura poderia existir, agora que se fazem ouvir os brindes semanais dos novíssimos, para revisitarmos este autor, dono de uma obra sem tempo, enorme e fundacional? Também ele aprendiz de feiticeiro, soube mais do que muitos olhar para trás, entender a mais-valia imponderável da tradição e reescrever, de olhar lúcido, passo gracioso e respiração fabular, as irritações de um país em eterna condição menina.»


21.12.15

A Relógio D’Água no balanço do ano do Expresso





 

Tal como no balanço do suplemento ípsilon do Público, também no efectuado pelos críticos na revista a Relógio D’Água surge como a editora com mais livros escolhidos.

Ana Cristina Leonardo coloca em primeiro lugar A Minha Luta — volume II, de Karl Ove Knausgård; José Guardado Moreira destaca Da Natureza das Coisas, de Lucrécio; José Mário Silva escolheu em primeiro lugar os três volumes já saídos de A Amiga Genial, e também Telex de Cuba, de Rachel Kusher, e Aquário, de David Vann. Luís M. Faria destacou Em Movimento, de Oliver Sacks; Manuel de Freitas Não Posso nem Quero, de Lydia Davis; e Pedro Mexia os volumes I e II de A Minha Luta, de Karl Ove Knausgård.



Por outro lado, Ana Cristina Leonardo, José Guardado Moreira, José Mário Silva, Manuel de Freitas e Pedro Mexia fazem referência à reedição das obras de José Cardoso Pires como um dos acontecimentos do ano.

Com oito títulos (a seguir vem a Dom Quixote), a Relógio D’Água é, pois, a editora que vê destacadas mais edições.

O Livro de Cozinha de Apício e Do Comer e do Falar… na lista dos dez livros de gastronomia para oferecer no Natal



No Público, Alexandra Prado Coelho sugere dois livros editados pela Relógio D’Água.



Sobre O Livro de Cozinha de Apício, diz: «Depois da introdução, que contextualiza a obra no seu tempo, temos os dez livros que compõem o De re coquinaria (O Cozinheiro Aplicado, Picados, O Hortelão, Receitas Diversas, Legumes de Vagem, Aves, O Cozinheiro Perdulário, Quadrúpedes, Mar, e O Pescador).
E as receitas, claro, nas quais descobrirmos, por exemplo, a patina (um prato de consistência mole, cozinhado numa caçarola).»

 


Sobre Do Comer e do Falar…: «Com ilustrações de Rosário Félix, Do Comer e do Falar faz parte da colecção Artes de Mesa da Relógio D’Água, dirigida por Inês de Ornellas e Castro. São 517 páginas de vocabulário gastronómico que inclui palavras de uso corrente, arcaísmos, regionalismos, estrangeirismos, termos técnicos, utensílios, etc., sem esquecer, como explica Inês Ornellas e Castro, “a herança do léxico árabe veiculado pela cozinha da comunidade mourisca”, e, mais tarde, “a da alta cozinha francesa, patente desde logo no primeiro livro de cozinha impresso em Portugal, Arte de Cozinha de Domingos Rodrigues, dado à estampa em 1680.”» [Público, 20/12/15]

No último número do ípsilon, faz-se o balanço dos melhores livros do ano de 2015 (não ficção)



 


Na não ficção, António Guerreiro escreve sobre A Filosofia e o Mal, de António Marques, que ocupa o 2.º lugar: «Ponto de partida deste ensaio: a controversa questão arendtiana da banalidade do mal e o seu confronto com o “mal radical”, de Kant. António Marques entra nesta polémica com uma visão crítica em relação ao pensamento de Hannah Arendt e tratando questões fundamentais da filosofia moderna e contemporânea.»


José Gil, com Os Poderes da Pintura, é igualmente destacado em 3.º lugar. A propósito deste livro, diz Nuno Crespo: «Um texto sobre Ângelo de Sousa, sim, mas também sobre o modo como a pintura é um lugar de inquietação do espectador, enquanto corpo sensível e afectivo.»

No último número do ípsilon, faz-se o balanço dos melhores livros do ano de 2015 (poesia)


Em poesia, os críticos do Público escolheram dois livros da Relógio D’Água.


Em 2.º lugar surge Mirleos, de João Miguel Fernandes Jorge. Hugo Pinto Santos refere «um conjunto notável de poemas em que a obra de arte é um núcleo activo, que abre caminhos e reflexões que excluem a frieza do arquivo por cantarem o corpo e a alma das eras interpelando o presente».



Em 5.º lugar aparece Presa Comum, de Frederico Pedreira. O mesmo crítico afirma: «Nessa penumbra que recorda, as vivências são mergulhadas em substâncias ácidas, numa operação de técnica precisa. Assim esta poesia perante a armadilha dos relacionamentos.»

Livros da Relógio D’Água no balanço do ípsilon






No último número do ípsilon, faz o balanço dos melhores livros do ano de 2015 (ficção).
Na ficção, a Relógio D’Água é a editora de 4 dos 10 livros destacados.


História do Novo Nome, de Elena Ferrante, surge em 2.º lugar. Isabel Lucas afirma que «confirma a elevada qualidade literaria da autora-mistério».


Em 3.º lugar está A Senda Estreita para o Norte Profundo, de Richard Flanagan. Helena Vasconcelos escreve que «Richard Flanagan venceu o Booker de 2014 com esta história de amor, guerra, humilhação, resistência e esperança».


Em 6.º lugar aparece História de Quem Vai e de Quem Fica, também de Elena Ferrante. Neste caso a crítica Isabel Lucas destaca: «a identidade constrói-se a partir do permanente confronto entre o íntimo e o privado».


Em 10.º lugar surge A Ilha da Infância, terceiro volume de A Minha Luta, de Karl Ove Knausgård. José Riço Direitinho afirma: «No seu estilo lento e reflexivo, Knausgård escreve um “tratado do medo” em jeito de “romance de formação” adaptado ao nosso século. A infância como um tempo ferido.»

17.12.15

Sobre O Livro de Cozinha de Apício





 
No programa Livro do Dia de 14 de Dezembro, na TSF, Carlos Vaz Marques falou sobre O Livro de Cozinha de Apício. Um breviário do gosto imperial, com introdução, tradução e comentários de Inês de Ornellas e Castro.O programa pode ser ouvido aqui.

 

16.12.15

Sobre Elena Ferrante





«A literatura  já tratou todos estes temas, mas Ferrante parecia trazer uma linguagem nova para dizer tudo isto. Lidas hoje, estas ficções publicadas em Portugal na primavera de 2014 com o título Crónicas do Mal de Amor parecem um laboratório para o que aí viria. Ressurgem com novo fôlego na saga que começou em 2011, com a publicação em italiano de A Amiga Genial, início de percurso de Lenù e Lila, de um laborioso trabalho que mistura o que há de mais comezinho na existência com as grandes questões que sempre ocuparam os romancistas: amor, morte, traição, vingança, identidade. James Wood escreveu assim sobre o trabalho de Ferrante: “o material visitado e revisitado pelos primeiros romances é íntimo e muitas vezes surpreendentemente cândido: maus-tratos a crianças, divórcio, maternidade, querer e não querer filhos, o tédio do sexo, as repulsas do corpo, a luta desesperada da narradora para conservar uma identidade em coesão com um casamento tradicional e com as sérias responsabilidades de criar os filhos. Os romances apresentam-se  […] como anamneses, cheios de raiva ardente, lapso, malogro e um ténue sucesso psíquico. Mas trata-se de anamneses ficcionais. Compreende-se que Ferrante não tem qualquer interesse em juntar a sua privacidade à pira dos romances.”
O texto de Wood, relembre-se, é de 2013, um ano depois de começar a publicação em inglês da série de Nápoles, um ano depois de o fenómeno ter disparado, muito graças a este mesmo texto. Cair nas graças de Wood é meio caminho e não faltaram vozes a dizer que era só isso: Wood a criar mais um “caso sério”. Mas terá Wood tanto poder? Num artigo mais recente publicado no Guardian, a jornalista Deborah Orr dizia simplesmente isto: “Não conhecemos Elena Ferrante — é exatamente por isso que o seu sucesso é tão maravilhoso.” Nada disto é, por si só, suficiente para explicar por que se gosta de Elena Ferrante e se sente como familiar o que ela escreve mesmo que a milhas da realidade de cada um dos leitores. Como se explicará não podendo explicar-se, para já, pela biografia da autora?» [Isabel Lucas, Ler, Inverno de 2015]

15.12.15

Sobre Breves Notas sobre Música, de Gonçalo M. Tavares




«A partir de um conjunto de textos de Gonçalo M. Tavares destinados a assinalar os 50 anos da Orquestra Gulbenkian nasce agora um livro. O título Breves Notas sobre Música corresponde ao que surgia nos programas de vários concertos da temporada de música e “já anunciava uma continuidade que tem a ver com aquela linha da Relógio D’Água”, explica o escritor ao Expresso. “São mesmo breves notas”, sublinha. A ideia “era a de pensar sobre a música, sobre os espectadores”. Nunca foi “especificamente sobre concertos concretos”, porque era antes “algo que passava pela questão da cidade, pelos sons da natureza”… Por vezes, admite, “havia uma ou outra ocasião em que o concerto anunciado de alguma maneira fazia uma ponte” com o que lhe “interessava”. Mas eram textos “livres”, pensados “do ponto de vista de alguém que, da literatura, se aproxima desse mundo”. Na sua maioria, os textos que encontramos no livro agora lançado pela Relógio D’Água correspondem ao que fomos lendo nos programas dos concertos. Mas há ali outros mais, até aqui inéditos. “Foram todos escritos no mesmo momento. Foi só mesmo uma questão de não haver programas suficientes. Mas são no mesmo tom, têm o mesmo objectivo”, acrescenta.» [Nuno Galopim, E, Expresso, 12/12/15]

Sobre Aquário, de David Vann




«Estamos portanto no território de eleição deste escritor muito talentoso e subtil. Ou seja, o da família como a mais problemática das paisagens humanas. A família enquando lugar da felicidade sempre ameaçada, dos afetos e rancores levados ao extremo, da incerteza sobre o que se pode perdoar e o que é imperdoável. David Vann não nos poupa a nada. Arrasta-nos para o centro do inferno. Obriga-nos a testemunhar a forma como os laços entre as pessoas se apertam até ao sufoco ou como são cortados subitamente, da forma mais cruel, alimentando terrores e raivas que nem o tempo é capaz de sarar. Sobretudo, força-nos a uma espécie de apneia literária, fazendo com que a experiência de leitura corresponda a uma submersão total na história que nos vai sendo narrada, sem margem para fugas, sem tempo para recuperar o fôlego.
À semelhança dos livros anteriores, Aquário é um murro no estômago do leitor. Quando voltamos à tona, ficam-nos (talvez para sempre) imagens do mais insondável negrume. Mas também, como os peixes de Caitlin, visões da mais delicada e absoluta beleza.» [José Mário Silva, E, Expresso, 12/12/15]

Ítaca começa com o pé direito




Uma nova editora acaba de surgir, a Ítaca. O seu primeiro livro é A Fénix Islâmica, de Loretta Napoleoni, que a revista Ler considera “sem dúvida o melhor livro (e mais simples) publicado sobre o assunto”.
A Ítaca é dirigida por Isabel Castro Silva, que trabalhou na Relógio D’Água e na Sextante e é conhecida como tradutora, nomeadamente de obras de Franz Kafka, como A Metamorfose, O Castelo e Diários.

Sobre os Mumins e Tove Jansson






«No Dicionário dos Lugares Imaginários (Tinta-da-China), Alberto Manguel nota que “a organização social dos Mumins centra-se em torno da família, e não existem instituições governamentais formais”. Perturbada pela Segunda Guerra Mundial, em que a Finlândia tomou parte ativa, acabando do lado dos perdedores, Tove Jansson inspirou-se na sua própria família e no círculo de amigos, refletindo valores pessoais e também identitários da sociedade finlandesa. O amor pela natureza e pelas muitas formas de vida, mas não só. Tolerância, respeito pelo indivíduo, união familiar e cortesia enformam todas as histórias dos Mumins, editadas entre 1945 e 1970 e traduzidas em mais de 30 línguas. Em 1966, Jansson recebeu o Prémio Hans Christian Andersen pelo conjunto da sua obra literária, também extensiva ao público adulto.» [Ler, Inverno 2015]

14.12.15

Carol à frente na corrida aos Globos de Ouro





Carol, o filme de Todd Haynes, começa a perfilar-se como um dos favoritos para os Globos de Ouro, que são sempre uma indicação para os Oscars.
O drama sobre o amor entre duas mulheres nos anos 50 está indicado nas categorias de melhor filme (drama), melhor actriz (Cate Blanchett e Rooney Mara), realização (Todd Haynes) e banda sonora (Carter Burwell).
Carol lidera as nomeações em cinema para a 73.ª edição dos Globos de Ouro e é baseado no livro de Patricia Highsmith que a Relógio D’Água acaba de publicar.

O filme de Todd Haynes foi distinguido na última Feira do Livro de Frankfurt com o prémio de melhor adaptação cinematográfica de uma obra literária.

Vocabulário Gastronómico lançado a 17 de Dezembro





O Vocabulário Gastronómico Do Comer e do Falar… Tudo Vai do Começar vai ser lançado em Coimbra no próximo dia 17, pelas 18h15, na Livraria Almedina Cidade Estádio de Coimbra na Rua D. Manuel I, n.º 26 e 28.
A obra, da autoria de Ana Marques Pereira e Maria da Graça Pericão, será apresentada por Inês de Ornellas e Castro.


«Dotadas de saber e de experiência, Ana Marques Pereira, médica e investigadora em história da alimentação da época moderna, a quem a estética dos objetos de mesa e os utensílios de cozinha têm apaixonado, e Maria da Graça Pericão, reputada especialista em história do livro, interessada em ler e decifrar textos associados à temática alimentar, conseguem fazer deste Vocabulário um precioso vademecum para os estudiosos e uma obra de referência de consulta acessível para o público em geral.» [das Palavras Prévias de Inês de Ornellas e Castro]

A chegar às livrarias: O Amigo Comum, de Charles Dickens




O último romance de Charles Dickens, O Amigo Comum, é uma das mais perspicazes análises da sociedade vitoriana.
O enredo centra-se em John Harmon, que, depois de regressar a Inglaterra para reclamar a sua herança, se teria afogado no rio Tamisa. Esta situação vem a revelar-se favorável, pois dá-lhe tempo para conhecer Bella Wilfer, a jovem com quem terá de casar para assegurar a sua herança.

A história está repleta de personagens e situações surpreendentes — os aristocratas e novos-ricos reunidos em casa de Veneering, Betty Higden e o seu pavor pelo asilo, e as vorazes e ambiciosas tramas de Silas Wegg.

A chegar às livrarias: O Bosque, de João Miguel Fernandes Jorge





«6.ª feira, 21 de dezembro de 2012


Quando nos perdemos, resta o passado. O que já não existe é então a porta do caminho. Não porque me tenha perdido de outro, mas somente porque me deixei ficar, esquecido de mim mesmo entre as folhas de um caderno depois de percorridas muitas frases, como se fossem ruas de uma terra estranha, e entre essas páginas permanecesse semelhante a uma cobra em abandono da pele — concha onde a água já não corre para os lábios.»

10.12.15

Hoje é a Hora de Clarice




Todas as horas são boas para reler Clarice Lispector, mas desde 2011 a escritora brasileira tem não uma hora, mas um dia inteiro especialmente dedicado à sua obra, o dia 10 de Dezembro, que coincide com o aniversário do seu nascimento.
A comemoração faz-se através de debates, leituras, saraus e outras manifestações artísticas, em cidades do Brasil como o Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Curitiba ou Belo Horizonte.
Mas as comemorações estendem-se também a cidades fora do Brasil, designadamente em países como o México, França, Estados Unidos da América, Reino Unido, Portugal, Dinamarca e Argentina (adaptado do press release da editora brasileira Rocco).
Este ano é o quinto consecutivo em que se realiza o projecto Hora de Clarice.
A Relógio D’Água editou em Portugal a maior parte da obra da autora (Onde Estivestes de Noite; Laços de Família; A Hora da Estrela; Uma Aprendizagem ou O Livro dos Prazeres; A Paixão segundo G. H.; Perto do Coração Selvagem; A Maçã no Escuro; Contos Reunidos; A Cidade Sitiada; Água Viva; O Lustre; A Vida Íntima de Laura; A Mulher Que Matou os Peixes; Um Sopro de Vida (Pulsações); O Mistério do Coelho Pensante; A Descoberta do Mundo).

Todos os Contos em Janeiro de 2016


Em Janeiro de 2016, serão publicados Todos os Contos, de Clarice Lispector, com introdução de Benjamin Moser, autor da sua conhecida biografia, e com uma capa que é graficamente a da edição de Complete Stories, traduzida por Katrina Dodson, e que escolhida como uma das 100 obras do ano pelo New York Times Book Review.

Breves Notas sobre Música apresentado na Fundação Calouste Gulbenkian





O livro Breves Notas sobre Música, de Gonçalo M. Tavares, vai ser lançado no próximo dia 11 de Dezembro, pelas 17:30h, no Foyer do Grande Auditório da Fundação Calouste Gulbenkian.
A apresentação será feita por Risto Nieminen, director da Gulbenkian Música.
Trata-se de uma iniciativa que tem a colaboração da Fundação Calouste Gulbenkian.
Os textos agora publicados nasceram de uma proposta da Fundação Calouste Gulbenkian integrada no projecto de comemorações dos 50 anos da sua Orquestra, tendo parte deles sido publicada nos seus programas.
Estas Breves Notas sucedem-se às Breves Notas sobre Ciência, sobre o Medo e sobre as Ligações.

7.12.15

Apresentação de Obras de José Cardoso Pires



 


António Lobo Antunes, Gonçalo M. Tavares e Ana Margarida de Carvalho vão intervir na apresentação das reedições de O Delfim, Balada da Praia dos Cães, O Anjo Ancorado, De Profundis, Valsa Lenta, Alexandra Alpha e Celeste & Làlinha.
 
O encontro realiza-se no dia 9 de Dezembro, às 18:00h, no Pavilhão Chinês (local que José Cardoso Pires frequentou), na rua D. Pedro V, n.os 89/91, em Lisboa.
A actriz Ana Nave vai ler fragmentos de Celeste & Làlinha.
Esta apresentação será também uma homenagem a José Cardoso Pires, reunindo pessoas ligadas à sua vida e obra.
Os livros recentemente reeditados tiveram novos prefácios de autores como Mário de Carvalho (O Anjo Ancorado), António Lobo Antunes (Balada da Praia dos Cães), Gonçalo M. Tavares (O Delfim) e Ana Margarida de Carvalho (Alexandra Alpha).
Em De Profundis, Valsa Lenta reproduziu-se o prefácio feito para a primeira edição por João Lobo Antunes, e Celeste & Làlinha foi agora ilustrado por Rita Cardoso Pires, que também estará presente.

4.12.15

Sobre Em Movimento, de Oliver Sacks





«Em Movimento — Uma Vida é um livro repleto desses momentos mas também de acontecimentos na vida de Oliver Sacks que são relatados com um tom certo entre o humor  e o sério. O autor sabia entreter e sabia também como manter o leitor atento às coisas mais banais, superficiais, porque elas terão alguma importância no contexto maior. E na sua autobiografia há imensos momentos assim, situações de uma vida que demonstram alguns traços da carreira e da personalidade de Sacks: como, por exemplo, ter vivido grande parte da vida sozinho. E isto liga-se à sua homossexualidade. Sacks, que durante décadas foi muito reservado em relação à sua vida pessoal, aborda o assunto aqui pela primeira vez.» [André Santos, Time Out, 2-12-2015]

2.12.15

A chegar às livrarias: Breves Notas sobre Música, de Gonçalo M. Tavares (ilustrações de Rachel Caiano)





«1. Um homem que gostava de ouvir música às escuras mas com uma lanterna na mão.
Quando ligava a lanterna, não a apontava para o aparelho técnico de onde saíam os sons, mas sim para o espaço por onde a música se espalhava. Queria localizar os sons como se localiza um objecto.»