24.4.15

Hanif Kureishi entrevistado pelo ípsilon



 

Isabel Lucas entrevistou Hanif Kureishi a propósito do lançamento na Relógio D’Água de O Buda dos Subúrbios, o seu primeiro livro, e de A Última Palavra, ao mais recente. (Em breve sairá também Intimidade, em nova tradução de Inês Dias.)

 


«“Gosto da ideia de que as coisas sejam arriscadas, sujas; gosto de explorar o sentimento de vergonha associado à imaginação pornográfica, de questionar a virtude, do ver o quão selvagem é a nossa imaginação.” As palavras chegam numa voz rouca e há um barulho que se assemelha ao de pedras de gelo, primeiro num balde e depois num vidro, o som de um gole de bebida na boca, uma breve pausa antes de dizer que talvez tenha mesmo dito que uma coisa para ser boa tem de ser um pouco pornográfica. Fala ao telefone desde Londres, onde vive na zona oeste de uma cidade que tem levado para os seus romances, contos, ensaios, peças de teatro, argumentos de cinema. A Inglaterra na sua diversidade étnica e cultural, nos contrastes entre subúrbio e a metrópole, nos que vivem à margem, os rebeldes pelo que arriscam e não pelo “modo pop” em que a rebeldia se transformou. “Ser rebelde é saber que se tem muito a perder em defesa de uma ideia, de uma atitude. Hoje até nisso há vazio.”»

Sem comentários:

Enviar um comentário