No último
número da revista E do Expresso, José Mário Silva fala dos livros
que vão ser publicados nos próximos meses.
Em relação à
ficção, «O ano literário não podia começar melhor. Ainda em janeiro, a Relógio
D’Água lança Não Posso nem Quero, de Lydia Davis (numa tradução da
poetisa Inês Dias), o muito aguardado livro de uma autora que começou por ser
de culto nos EUA – “ficcionista para ficcionistas” – mas entretanto foi
entronizada como uma das mais estimulantes prosadoras da actualidade. Tal como
nos livros ateriores, que podem ser lidos em Contos Completos (2012),
Davis reúne, na nova coletânea, dezenas de histórias breves, irónicas ou
melancólicas, todas narradas com linguagem exata e ritmo perfeito. Ainda na
Relógio D’Água, fevereiro trará o mais recente Prémio Booker (A Senda
Estreita do Norte Profundo, do australiano Richard Flanagan), a que se
seguirão A Última Palavra, de Hanif Kureishi, o segundo volume do magnum
opus de Karl Ove Kanusgård (O Homem Enamorado – A Minha Luta: 2) e Telex
de Cuba, de Rachel Kushner, autora de Os Lança-Chamas, um dos
melhores livros de 2014 para o Expresso.»
No que se
refere à não ficção, JMS menciona «outros ensaios que vale a pena destacar: A
Lógica do Dinheiro, de Niall Ferguson, e Os Ricos, de John
Kampfner (Temas e Debates), Tolstoi ou Dostoievski, de George Steiner, Os
Meus Primeiros Anos como Escritora, de Eudora Welty, e O Que Quer a
Europa?, de Slavoj Zizek e Srecko Horvat, com prefácio de Alexis Tsipras
(Relógio D’Água); Dada – História de Uma Subversão, de Henri Béhar e
Michel Carassou (Antígona).»
Em relação
aos autores portugueses, o jornalista e crítico do E termina dizendo:
«Em fevereiro, a Relógio D’Água publicará um consagrado (Mirleos, de
João Miguel Fernandes Jorge) e um representante dos “novíssimos” (Frederico
Pedreira, com Cenas de Uma Vida Conjugal).»
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