«Depois de
uma série de policiais, a inglesa Kate Atkinson (York, 1951) continua a
subverter regras e aparece com um livro que desafia as leis do romance e em que
ensaia, colocando o leitor como testemunha principal dessa experiência, as
possibilidades do escritor no acto de criação. O poder desse acto é o grande
motor do nono romance de Atkinson (…). Neste Vida após Vida, a
escritora manipula como um deus o destino das suas personagens. Basta decidir,
e suspende vidas, emenda traumas, corrige falhanços e segue, porque na ficção
pode-se. Vida após Vida é esse exercício de possibilidades. E se depois
da morte a vida voltasse de outra maneira? O guia é este “e se”, num romance
também sobre a força dos acasos e de decisões pessoais que, no limite, têm
consequências universais.
O livro
arranca em Novembro de 1930, quando Ursula Todd, numa viagem para aperfeiçoar o
seu alemão, conhece Eva Braun e se torna amiga da amante de Hitler.» [Isabel
Lucas, Público, ípsilon, 28-3-14]
Sem comentários:
Enviar um comentário