6.2.14

Sobre Stefan Zweig






«Em Vinte e Quatro Horas da Vida de Uma Mulher e em Carta de Uma Desconhecida – publicados por Stefan Zweig, em 1922, com outras três novelas –, uma hábil narração na primeira pessoa ilumina os corredores e as sombras do labirinto interior de duas mulheres. Nos dois casos, a técnica do autor molda-se à auto-análise de um passado longamente escondido e só naquele momento revelado.
Tanto numa, como noutra novela, o narrador inicial é uma figura secundária, um mero indício, rapidamente substituído pelas respectivas figuras femininas. (…)
Zweig é exímio a moldar o estilo da escrita à mulher amargurada, armada com os complexos de culpa que quer arremessar ao destinatário, ou da que se embrenha na torrente da memória e vira para si própria o estilete de uma autópsia em plena vida.» [Hugo Pinto Santos, Time Out, 5-2-2014]

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