27.1.14

Sobre O Nome Negro, de António Carlos Cortez





No Diário de Notícias de 20 de Janeiro, Joana Emídio Marques conversou com António Carlos Cortez a propósito do seu último livro de poesia, O Nome Negro: «António Carlos Cortez recusa fazer de conta que não se insere numa tradição poética e num tempo que já foi contado e cantado por outros. Faz-se acompanhar de Camões, de Sá de Miranda, de Cesário Verde, de Ruy Belo, de Gastão Cruz e recusa a atual poesia portuguesa que “sendo levada ao colo pelos media” e “sabendo criar dispositivos de marketing” se impôs “fazendo tábua rasa de tudo o que está para trás, fazendo tábua rasa da linguagem e resumindo a poesia a narrativas do quotidiano”. (…)

O Nome Negro nasceu de um verso “roubado” a Herberto Helder, onde se pensa sobre “as palavras como um buraco negro que suga impiedosamente o real”, explica o poeta antes de explicar que “a poesia tem de ter uma dimensão de choque. Não tem de ser simpática, salvífica. Pois o poema é a tentativa de resgatar o que já se perdeu. É uma obsessiva procura de dizer o real sem nunca o conseguir.”»

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