8.3.13

Sobre É assim Que A Perdes, de Junot Díaz




Junot Díaz, sobre É assim Que A Perdes, em entrevista a João Bonifácio: «A ideia era escrever um livro sobre as formas como os homens evitam a intimidade. Uma dessas formas é serem mulherengos. Eu estava interessado na intimidade, que implica uma certa igualdade, ou o reconhecimento das diferenças. O Yunior foge da intimidade, estraga a intimidade traindo, fugindo, não fazendo as decisões difíceis que precisa de fazer.» [ípsilon, 8-3-2013]
 

 

No ípsilon do Público de 8 de Março de 2013, João Bonifácio escreve sobre É assim Que A Perdes, de Junot Díaz: «Strictu factu, É assim Que A Perdes é um conjunto de contos em que um homem, quase sempre Yunior, trai as suas companheiras. Pelo fim do livro torna-se claro que Yunior não é um mero hedonista impenitente (embora seja um mentiroso patológico) e nunca encontrou um lugar para a sua pele de dominicano crescido num subúrbio; torna-se claro que a perda e a solidão o obrigam a questionar a sua incapacidade para confiar numa mulher, a questionar a sua capacidade de empatia. E torna-se também claro que o que estivemos até então a ler é um relato — fragmentado — das traições de Yunior escrito pelo próprio, o seu livro sobre a infidelidade, o seu regresso à escrita.»

 

Sem comentários:

Enviar um comentário