30.10.12

Fernando Guimarães e Maria Filomena Molder recebem Prémios PEN Clube de Poesia e Ensaio





O Prémio PEN Ensaio foi atribuído a Maria Filomena Molder, por O Químico e o Alquimista — Benjamin, Leitor de Baudelaire (2011), por um júri constituído por Maria João Cantinho, Paula Mendes Coelho e Ricardo Gil Soeiro.
Na Relógio D’Água, Maria Filomena Molder tem publicadas as obras Semear na Neve, A Imperfeição da Filosofia e Matérias Sensíveis.


No suplemento «Atual» do Expresso de 22 de Abril, António Guerreiro leu o ensaio de Maria Filomena Molder sobre Walter Benjamin enquanto leitor de Baudelaire, em O Químico e o Alquimista: «Filosofia e tradução, tradução e poesia, poesia e filosofia: eis os “problemas” benjaminianos para onde é atraída a leitura de Molder, que pratica aquela Darstellung ― apresentação ou representação ― que foi central no trabalho filosófico (e epistémico-crítico) de Benjamin. Mas a constelação por onde se desloca M. F. Molder, movida pela interpretação, é muito mais vasta: passa pelo conceito romântico de crítica e pela complexa teoria da alegoria. E tudo isto, sem quaisquer concessões a qualquer uma das vulgatas benjaminianas.»

 

Fernando Guimarães acaba de receber o Prémio PEN Poesia por As Raízes Diferentes (2011), atribuído pelo júri constituído por Maria do Sameiro Barroso, Albano Martins e Rita Taborda Duarte.
Fernando Guimarães é crítico, autor de vários livros de poesia e ensaio, tendo também publicado ficção e teatro.
Em 2006, foi-lhe atribuído pela Universidade de Évora o Prémio de Ensaio Vergílio Ferreira, tendo em vista o conjunto da sua obra ensaística. Recebeu os prémios de tradução de poesia da Fundação Calouste Gulbenkian e Paulo Quintela da Faculdade de Letras de Coimbra. Obras de poesia e ensaio suas receberam vários prémios literários, nomeadamente da Associação Portuguesa de Escritores, do PEN Clube e da Associação Internacional de Críticos Literários.
No dia 24 de Outubro, Fernando Guimarães recebeu também o Prémio Seiva, atribuído pela Seiva Trupe, da cidade do Porto.


Sobre As Raízes Diferentes, Pedro Mexia escreveu no Atual de 20 de Agosto de 2011: «… Guimarães recupera o motivo clássico do “escudo de Aquiles”, um episódio da Ilíada que é uma cosmogonia poética, um mundo que nasce da fantasia, mas também um pesado encargo, “uma peça brutal de ferro”. […] Quando chegamos a uma sequência de esplêndidos poemas shakesperianos, Guimarães parece concordar com Bloom, que defende que Shakespeare concentra toda a sabedoria ocidental. Uma interpretação atenta das peças faz com que de novo se animem vozes e vultos, que nos interrogam e interrogam a nossa condição. O que é afinal aquele cavalo pelo qual Ricardo III oferece o seu reino […]?»



Rita Ferro recebeu o Prémio PEN Narrativa, por A Menina É Filha de Quem?, e a Pedro Vieira foi atribuído o Prémio PEN Primeira Obra, por Última Paragem, Massamá.


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