27.8.12

Novelas Eróticas de Teixeira-Gomes na imprensa





Na Tentações, da revista Sábado de 23 de Agosto, Eduardo Pitta escreve: «Dado à estampa quando o autor tinha 75 anos, Novelas Eróticas é um conjunto de seis textos em que são nítidas as marcas do simbolismo decadentista então em voga. Destacaria “O Sítio da Mulher Morta”, por reunir numa peça única todas as linhas de força da obra, mas qualquer dos outros é exemplar.
A partir do ponto ulterior ao da história contada (“eu tinha 25 anos e estava namorado e portanto couraçado contra quaisquer suspeitas…”), Manuel Teixeira-Gomes evoca momentos de grande sensualidade com várias mulheres, sempre muito jovens: “Era uma forte rapariga de seus 15 anos, com o desenvolvimento de mulher feita, embora vestindo saia curta…”»




No último número do Atual, suplemento do Expresso de 25 de Agosto, Pedro Mexia escreve: «Quando “erótico” significava “interdito”, as Novelas Eróticas de Teixeira-Gomes causavam um certo frisson. O escritor, que também foi o sétimo Presidente da República, era um hedonista, e em livros como Agosto Azul (1904) apresentou uma visão sensual e pagã dos “frutos terrestres”. Estas Novelas (contos, na verdade) são mais tardias (1935), mais ousadas e mais trágicas. O erotismo “explícito” envelheceu mal em termos verbais, há demasiado “êxtase”, “sofreguidão” e “espasmos de gozo”. Mas a força dos textos não está na consumação sexual, está na descrição do desejo como fantasia ou fantasma.»

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