21.8.12

A Relógio D’Água nos media na semana de 18 a 25 de Agosto






O Expresso e os 50 livros que «toda a gente deve ler»

No suplemento Atual do último número do Expresso um conjunto de críticos escolheu «meia centena de obras literárias e ensaísticas essenciais».
Trata-se de um grande avanço em relação à habitual lista de livros para ler nas férias, muito vulgar em períodos estivais. Por melhor romance policial que seja O Assassinato de Roger Ackroyd, de Agatha Christie, não é certamente comparável a Crime e Castigo, de Dostoievski.
Com 12 títulos escolhidos, a Relógio D’Água é de longe a editora mais bem representada na selecção feita. São eles Crime e Castigo, de Fiódor Dostoievski, Macbeth, de William Shakespeare, Madame Bovary, de Gustave Flaubert, Retrato de Uma Senhora, de Henry James, Em busca do Tempo Perdido, de Marcel Proust, O Vermelho e o Negro, de Stendhal, Poeta em Nova Iorque, de García Lorca, As Ondas, de Virginia Woolf, O Monte dos Vendavais, de Emily Brontë, O Ofício de Viver, de Cesare Pavese, Ensaios, de Montaigne, e Debaixo do Vulcão, de Malcolm Lowry.
Os três últimos títulos tiveram destaque especial por, respectivamente, Pedro Mexia, Henrique Monteiro e Ana Cristina Leonardo.



Por outro lado, há outras cinco obras editadas na Relógio D’Água e cujas edições referidas são de outras editoras; é o caso de O Coração das Trevas, de Joseph Conrad, Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, Moby Dick, de Herman Melville, O Grande Gatsby, de F. Scott Fitzgerald, A Terra sem Vida, de T. S. Eliot (A Terra Devastada, na edição da Relógio D’Água), e ainda Dom Quixote de La Mancha, de Miguel de Cervantes. Ignoramos o critério seguido nestas opções entre editoras, mas não terá sido provavelmente a qualidade das traduções, já que na Relógio D’Água a edição de Dom Quixote é de José Bento, A Terra Devastada de Gualter Cunha, Moby Dick de Alfredo Margarido e Daniel Gonçalves, e O Grande Gatsby de Ana Luísa Faria.
De notar ainda que três dos clássicos escolhidos terão nos próximos meses novas traduções na Relógio D’Água. Guerra e Paz, de Tolstói, será traduzido por António Pescada, Ulisses, de James Joyce, por Jorge Vaz de Carvalho, e Lolita, de Vladimir Nabokov, por Margarida Vale de Gato.
Mas se a escolha do Expresso tem o mérito de fugir a uma lógica estival, a verdade é que é uma selecção entre outras possíveis. Basta pensar na ausência de Sonetos ou Os Lusíadas, de Camões, Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll, Anna Karénina, de Tolstói, de Middlemarch, de George Eliot, de Os Irmãos Karamázov, de Dostoievski, Folhas de Erva, de Walt Whitman, Livro do Desassossego, de Fernando Pessoa, A Morte de Virgílio, de Hermann Broch, ou Memórias de Adriano, de Marguerite Yourcenar.



No mesmo número do Atual, Pedro Mexia escreve sobre a edição de 50 Poemas, de Tomas Tranströmer, traduzido do sueco por Alexandre Pastor: «Celebradíssimo na Suécia, traduzido em dezenas de línguas, canónico nas antologias internacionais, Tomas Tranströmer está longe porém de ser uma figura conhecida fora do circuito poético. Octogenário, ferozmente discreto, há mais de vinte anos que vive retirado e incapacitado, na sequência de um acidente vascular cerebral. A atribuição do Prémio Nobel justificou enfim uma tradução portuguesa substancial (havia poemas em obras colectivas, incluindo os pouco interessantes poemas “portugueses”). Alexandre Pastor, o nosso homem em Estocolmo, traduziu 50 textos que representam cinquenta anos de uma produção vigiada, com uma escassa dezena de colectâneas, de 17 Poemas (1954) a O Grande Enigma (2004).»



No Público de 18 de Agosto, Susana Moreira Marques escreveu sobre Hélia Correia: «Atrás de Lillias Fraser, romance de 2001, voltamos ao século XVIII, fugimos por campos de sangue na Escócia, passamos por Lisboa, o mundo cai e reconstrói-se. No sexto artigo da série, visitamos a casa de Hélia Correia, onde as paredes falam e a inspiração não passa de moda.»


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