30.8.11

Editora do século XXI publica muitos dos livros de todos os tempos




A Relógio D’Água publicou muitos dos dez dos títulos aqui considerados no top dos livros de todos os tempos, de Anna Karénina a O Grande Gatsby, sem contornar Em Busca do Tempo Perdido ou os contos de Anton Tchékhov.

A Relógio D'Água nos media nas últimas semanas




No Atual de 20 de Agosto, Pedro Mexia lê As Raízes Diferentes, o mais recente livro de poemas de Fernando Guimarães: «… Guimarães recupera o motivo clássico do “escudo de Aquiles”, um episódio da Ilíada que é uma cosmogonia poética, um mundo que nasce da fantasia, mas também um pesado encargo, “uma peça brutal de ferro”. […] Quando chegamos a uma sequência de esplêndidos poemas shakesperianos, Guimarães parece concordar com Bloom, que defende que Shakespeare concentra toda a sabedoria ocidental. Uma interpretação atenta das peças faz com que de novo se animem vozes e vultos, que nos interrogam e interrogam a nossa condição. O que é afinal aquele cavalo pelo qual Ricardo III oferece o sue reino […]?»



No i de 26 de Agosto, Nuno Ramos de Almeida escreve sobre o último livro de Slavoj Zizek, Viver no Fim dos Tempos: «O problema da ideologia e do combate à ideologia estaria nessa criação de campos de possibilidade. Nessa senda, Zizek vai defendendo que a acumulação de sinais de crise e catástrofe é um grande impulsionador da mudança ideológica e cria condições para a ruptura política. A crise ecológica, a privatização da vida humana e do conhecimento, a guetização da maioria da população e o crescimento da selva urbana poderiam levar as pessoas a romper com o sistema.»

26.8.11

Ainda no Público de 26 de Agosto de 2011




No Ípsilon, Helena Vasconcelos apresenta a sua leitura de As Desventuras do Senhor Pinfold, de Evelyn Waugh, considerando-o «um exercício delirante sobre a loucura do prórpio autor»: «O uso da sátira, tal como o da tragédia, foi sempre apreciado grandemente por este notável pecador, permanentemente enredado nas suas dúvidas e fraquezas, mas capaz de se rir desmesuradamente de si próprio.»

A Relógio D'Água no Facebook


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A Relógio D'Água no Público de 26 de Agosto de 2011




No Ípsilon do Público de 26 de Agosto, José Riço Direitinho escreve sobre a ida ao inferno de Tchékhov, relatada em A Ilha de Sacalina: «Nos retratos que faz, quer de carcereiros, funcionários ou prisioneiros — os que vivem “esta vida de rebanho encerrado numa cloaca” — está já o Tchékhov da crític asocial, o denunciador de injustiças, o que se insurge contra a “desproporção das penas em relação aos crimes”, como notam os tradutores (trabalho exímio) no interessante e informado prefácio que escreveram.»
Informamos os leitores do texto de José Riço Direitinho de que A Ilha de Sacalina é uma edição da Relógio D'Água e que os tradutores elogiados são Júlia Ferreira e José Cláudio, factos que o crítico não refere.



No mesmo suplemento, Gonçalo Mira fala com Ana Teresa Pereira sobre A Pantera, o mais recente e «talvez o mais autobiográfico» dos livros da autora. «Na obra de Ana Teresa Pereira, as personagens, os lugares e as histórias são recorrentes. “ A repetição fascina-me”, diz-nos. Descarta-se, assim, qualquer acusação de autoplágio: é um gesto consciente e faz parte do jogo literário que é a obra de Ana Teresa Pereira. Não se trata aqui de haver um leque de personagens que vão sendo acompanhadas em diferentes fases da sua vida […], mas antes de um sem fim de vidas alternativas para as mesmas personagens.»

22.8.11

A Relógio D'Água no Expresso de 13 de Agosto de 2011




No suplemento Atual do Expresso de 13 de Agosto, Ana Cristina Leonardo escreveu sobre Sob a Rede, romance de estreia de Iris Murdoch: «As características e preocupações dos futuros romances de Murdoch estão já todas aqui, nomeadamente o tema do Bem (transversal à obra), que se vê reforçado pela inclusão da figura de Hugo Belfounder, personagem algo enigmática, milionário que lida mal com o dinheiro e o poder e que buscar o despojamento a qualquer preço.
O melhor de Sob a Rede está, contudo, na forma divertidíssima como a escritora entrelaça a catadupa de acontecimentos. Deixando-se levar sem freios, Iris Murdoch cria algumas cenas de antologia.»

19.8.11

A Relógio D'Água nos media na semana de 15 a 21 de Agosto de 2011




No suplemento Ípsilon do Público de 19 de Agosto, Nuno Crespo escreve sobre «um livro que é um acontecimento: a última lição de José Gil na Universidade Nova», A Arte como Linguagem: «Esta lição é um mergulho no problema da “formação da linguagem artística”. Não se trata de uma análise linguística ou estrutural à arte e ao problema da génese das formas e dos gestos artísticos, mas, com Gil mostra na última parte da “lição”, dedicada às questões de método (pp. 48-58), de uma abordagem que retoma a fenomenologia de Husserl e o pensamento da imanência de Deleuze, naquilo a que chama uma “filosofia das forças”.»

11.8.11

Livros da Relógio D’Água nos media



Na revista Os Meus Livros de Agosto é publicada uma crítica a Americana de Don DeLillo. Pedro Ribeiro escreve: «Estreia no próximo ano, uma adaptação cinematográfica (produzida por Paulo Branco, realizada por David Cronenberg e protagonizada por Robert Pattinson) de “Cosmopolis”, o que inevitavelmente atrairá novas atenções mediáticas para Don DeLillo. Entretanto, a Relógio D’Água continua a traduzir para português a obra deste importante romancista americano – “Americana”, de 1971, romance de estreia de DeLillo, é o sétimo título do autor, nesta editora.»


Filipe Rodrigues critica também Economia, Moral e Política de Vítor Bento, que pertence à colecção de Ensaios da Fundação Francisco Manuel dos Santos e da Relógio D’Água:  
«Vítor Bento foi um dos principais candidatos à pasta das Finanças do recém-eleito governo. A sua orientação liberal tem feito com que defenda propostas polémicas, como o corte de salários no sector privado. Neste livro, explora a relação entre a economia e a moral, uma das razões para, segundo o economista, ter explodido a crise financeira de 2008.»




8.8.11

Novidade




Esta é a edição nunca antes publicada de Pela Estrada Fora, o texto que surgiu na forma original de rolo. Representa a primeira e mais genuína forma de expressão das ideias de Jack Kerouac, o momento em que a sua visão e voz narrativa se juntaram sob a forma de um impulso contínuo de energia criativa.

Slavoj Žižek no Ípsilon


No suplemento Ípsilon do Público de 5 de Agosto, Vítor Belanciano escreve sobre o filósofo esloveno Slavoj Žižek.

«Na maior parte dos seus textos encontramos uma mescla de afirmações arrojadas que nos impelem da altura das abstracções conceptuais aos ângulos aparentemente vulgares da cultura popular. No seu discurso existe uma demonstração contínua da conexão entre o que poderíamos chamar o divino, o eterno, e a realidade prontamente vivida. Como ele diz: “Sou um hegeliano à procura de factos para encaixarem na teoria.” Não espanta que muitos dos exemplos que procura para desenvolver conceitos provenham da TV ou do cinema: filmes de Hitchcock ou Lynch, “Avatar”, a série “Perdidos”.»

No mesmo número do Ípsilon, Tiago Bartolomeu Costa critica Viver no Fim dos Tempos, último livro do autor a ser publicado pela Relógio D’Água.



2.8.11

Novidades da Relógio D'Água





Sob a Rede
Iris Murdoch

«Sob a Rede, o primeiro romance de Iris Murdoch, decorre numa zona de Londres onde os escritores em luta pelo reconhecimento estão lado a lado com apostadores profissionais de sucesso, estrelas de cinema ou filósofos inquietos.
Jake Donaghue, o seu protagonista, é um jovem astuto, carismático e algo desorientado, que vive de traduções e explora os amigos.»



As Desventuras do Sr. Pinfold
Evelyn Waugh

«Pinfold é um escritor católico de meia-idade, que vive no campo. Depois de uma entrevista à BBC, decide mudar de ares, viajando num cruzeiro até ao Ceilão.
Pinfold embarca no Caliban, um navio que fora utilizado na II Guerra Mundial e que transporta agora passageiros ávidos de distracção.»



Terna É a Noite
F. Scott Fitzgerald
 
«Terna É a Noite é um desses títulos cuja carga simbólica nunca se perdeu. Escrito no início dos anos 30, por um Fitzgerald solitário e em luta contra o álcool, é um dos romances marcantes da literatura norte-americana.»
 
 

Caso Kukótski
Liudmila Ulítskaia

«O jovem cirurgião e obstetra Pável Kukótski, descendente de uma linhagem de médicos, possui um dom. Tem uma visão de tipo radiológico que lhe permite ver qual a doença dos seus pacientes.
No entanto, este dom, que não tem explicação científica, desaparece sempre que ele tem relações sexuais com uma mulher. A única excepção é Elena, que salvou de uma morte certa no início da Segunda Guerra Mundial e por quem se apaixonou na sala de operações.
Caso Kukótski é uma das obras mais importantes de Liudmila Ulítskaia e decorre durante quase meio século da história russa, sendo percorrido pelos temas recorrentes na obra da autora, sobretudo a relação entre a religião e a ciência.»





A Relógio D’Água nos Media na semana de 25 a 31 de Julho


No Atual do Expresso de 30 de Julho, Ana Cristina Leonardo fala sobre De Olhos Abertos, de Marguerite Yourcenar:






«Para nós leitores de De Olhos Abertos, o livro é uma dádiva. Desde logo, de inteligência. Matthieu Galey organizou-o tematicamente, e os muitos capítulos tanto cobrem a obra literária da escritora de origem belga (os muitos títulos, influências maiores, etc.), como a sua vida pessoal, sem deixar de lado as convicções de Yourcenar sobre temas tão variados como política, ecologia, feminismo, religião.»

 
 

1.8.11

A Relógio D'Água no JL




Na crónica de poesia de Fernando Guimarães, do último número do Jornal de Letras, é feita uma crítica a Necrophilia de Jaime Rocha: «Há nos poemas de Jaime Rocha uma não razão que ganha um positivo ou afirmativo relevo através de um desenvolvimento estrófico e discursivo capaz de formar, como se disse já, uma espécie de narrativa ou discurso que persegue aquelas imagens que umas às outras se sucedem e são como que redes – um enredo? – capaz de aprisionar um ritual que é o da própria linguagem eleita na procura de um desenvolvimento simbólico ou mítico.»

Jorge Listopad sugere também para este verão a leitura de A Pantera de Ana Teresa Pereira, «na praia enquanto a ligeira neblina ainda não se levantou».