31.12.10

12 Citações de Livros da RA no Balanço do Ano do Expresso

O suplemento Atual do Expresso de 30 de Dezembro de 2010 faz o balanço dos livros do ano através dos seus críticos.

A Relógio D’Água, a par da D. Quixote, é a editora com o maior número de citações, doze no total. Ana Cristina Leonardo refere Petersburgo de Andrei Béli; António Guerreiro Um Toldo Vermelho de Joaquim Manuel Magalhães, Erros Individuais de José Miguel Silva, Adoecer de Hélia Correia e A Arte como Linguagem de José Gil; José Guardado Moreira menciona O Prelúdio de William Wordsworth; José Mário Silva Adoecer de Hélia Correia e Um Toldo Vermelho de Joaquim Manuel Magalhães; Luís M. Faria escolhe Petersburgo de Andrei Béli e A Família Golovliov de Saltykov-Shchedrin; e Vítor Quelhas refere O Prelúdio de William Wordsworth e Adoecer de Hélia Correia.



29.12.10

Livros da Relógio D'Água nos Balanços de 2010



«Não há nenhum romancista português de agora a escrever com esta grandeza soberana. Ficção biográfica sobre Elizabeth Siddal (1829-1862), artista e musa dos pintores pré-rafaelitas, investiga com empatia e detalhe uma corrente “doentia” da cultura e da alma inglesas, que Hélia bem conhece, mas é também um retrato do romantismo como patologia exaltante.»

É assim que Pedro Mexia se refere a Adoecer de Hélia Correia no balanço sobre livros de 2010 do suplemento Ípsilon de 24 de Dezembro. A obra surge em segundo lugar entre as vinte escolhidas por um painel de críticos do Público. Memento Mori de Muriel Spark, também editado pela Relógio D’Água, encontra-se em 18.º exequo com outros três livros.

Por outro lado, no blogue Lei Seca de Pedro Mexia há quatro livros da Relógio D’Água destacados entre os vinte melhores de 2010, a saber Adoecer de Hélia Correia, Amores de Henry Green, A Flor Azul de Penelope Fitzgerald e O Prelúdio de William Wordsworth.

Uma destas escolhas, Amores, é tanto mais curiosa quanto o excelente romance de Henry Green não teve uma única linha de atenção na Imprensa portuguesa.

Quanto às escolhas de Eduardo Pitta, no blogue Da Literatura, encontramos três livros da Relógio D’Água, Adoecer de Hélia Correia, Cem Poemas de Emily Dickinson e Da Tragédia à Farsa de Slavoj Žižek.

Na Time Out de 22-28 de Dezembro, no balanço de livros de 2010, na rúbrica de «Ficção Portuguesa» é escolhido o romance Adoecer de Hélia Correia: «Que sorte Hélia Correia ter ficado com o quadro “Ophelia”, de John Everett Millais, e com a mulher que o protagoniza: Elizabeth Eleanor Siddal, pintora, poeta e modelo. Foi a partir daí que nasceu este Adoecer, um livro fascinante na forma e no conteúdo, recheado de um mal-estar melancólico mas irresistível e que aborda um universo muito pouco frequentado pelos romancistas portugueses: a vida de um conjunto de criadores artísticos do século XIX inglês que ficaram conhecidos como Pré-Rafaelitas.»

28.12.10

Adoecer de Hélia Correia vence Prémio Fundação Inês de Castro



O Prémio Literário Fundação Inês de Castro de 2010 para o melhor romance acaba de ser atribuído a Adoecer de Hélia Correia, editado pela Relógio D’Água.

O júri foi constituído por Mário Cláudio, Frederico Lourenço, Fernando Guimarães e Pedro Mexia e presidido por José Carlos Seabra Pereira.

A entrega do prémio terá lugar no próximo dia 5 de Fevereiro, no Hotel Quinta das Lágrimas Relais & Chateaux, em Coimbra.

21.12.10

Livros da Relógio D’Água nos Media (Semana de 13 a 19 de Dezembro de 2010)

No Ípsilon de 17 de Dezembro, Rogério Casanova considera Meridiano de Sangue de Cormac McCarthy "Mas qualquer diálogo sobre Meridiano de Sangue está condenado a traçar círculos concêntricos à volta do seu fulcro, o juiz Holden. Harold Bloom chamou-lhe a "mais aterradora criação da literatura americana" e, por uma vez na vida, a sua histeria hierarquizante parece justificada. Como Ahab, o juiz vai anexando lentamente um romance que pertencia a terceiros, submetendo a narrativa a uma espécie muito particular de possessão demoníaca".

No mesmo número do Ípsilon, Rui Catalão escreve sobre Memento Mori de Muriel Spark, onde "A velhice, a perversidade, a graça e a tortura familiar por uma católica convertida, contemporânea de Greene e Waugh".

No suplemento Actual do Expresso de 18 de Dezembro, Ana Cristina Leonardo escreve sobre Águas da Primavera de Ivan Turguénev, "A história contada por Turguénev é curta e o final, não sendo feliz, nem por isso é trágico. Mais do que cercado por "ondas tumultuosas", o destino de Dmitri apresenta-se-nos, logo no capítulo introdutório, como "liso, imóvel e transparente". A vida tornara-se um enfado. "No se puede vivir sin amar", escreveria muito mias tarde Marlcolm Lowry, que não era russo".

14.12.10

Petersburgo - Andrei Béli

 
A história de Petersburgo decorre no Outono de 1905 e inclui reaccionários, niilistas, uma tentativa de parricídio e uma bomba escondida numa lata. No entanto, a personagem principal é mesmo a cidade  que dá título ao romance. no coração do livro está a questão que durante gerações tem atormentado os russos: a identidade nacional.
 
«As grandes obras em prosa do século XX são, por esta ordem, o Ulisses de Joyce; A Metamorfose de Kafka; Petersburgo de Béli, e a primeira metade do conto de fadas Em Busca do Tempo Perdido de Proust.» [Vladimir Nabokov]
 
«Andrei Béli é um poeta de primeira ordem e o autor mais admirável ainda das Sinfonias em prosa, de O Pombo de Prata e de Petersburgo, romances que, antes da Revolução, operaram nos seus contemporâneos uma radical mudança de gostos, de onde jorrou a primeira prosa soviética.» [Boris Pasternack]
 
«A literatura do período entre as duas revoluções (1905-1917), decadente no seu humor e no seu alcance, extremamente refinada na sua técnica, uma literatura do individualismo, do simbolismo e do misticismo, encontrou em Béli (Branco) a sua expressão mais alta e, ao mesmo tempo, mais directamente prejudicada pela Revolução de Outubro. Béli acredita na magia das palavras.» [Lev Trotsky]
 
«Um romonce que resume a Rússia inteira.» [Anthony Burgess]
 
«Um homem de percepções estranhas e inauditas - um homem mágico e, na tradição da ortodoxia russa, um louco sagrado.» [Isaiah Berlin]
 
«O romance Petersburgo, seja qual for o modo como se aborda a sua concepção, é um acontecimento imenso na história da prosa russa...» [Ilia Ehrenbourg]
 
«O romance russo mais importante, mais influente e mais perfeito do século XX.» [New York Review of Books]

Lao Tse - Tao Te King, Livro do Bom Caminho e do Bom Caminhar


O Tao Te King, que segundo a tradição terá sido escrito no século VI a.C. por Lao Tse, já foi traduzido mais vezes do que qualquer outra obra excepto talvez a Bíblia e ocupa um lugar muito importante na história do pensamento chinês. Na presente tradução, procurou-se seguir o mais fielmente possível o texto original e respeitar o seu estilo conciso e paradoxal. Os comentários a cada capítulo, assim como um texto adicional com informação sobre os conceitos filosóficos expostos neste livro clássico chinês, pretendem auxiliar o leitor na intrepretação de algumas passagens mais obscuras.

O Tao Te King preconiza uma maneira de agir que se ajuste perfeitamente ao mundo. Corresponde a deixar tudo fluir por si, sem ir contra o que é natural.

O tradutor:

António Miguel de Campos, nascido em 1951, licenciou-se em Engenharia Electrotécnica pela Universidade do Porto (1974) e recebeu depois o grau de M.Sc in Electrical Engineering da Universidade de Houston (1977), onde trabalhou durante três anos como Assistente, ao abrigo de uma bolsa da Fundação Fullbright. Data dessa época o seu interesse pelo Tao Te King e pela filosofia taoista. De volta a Portugal, iniciou a sua actividade como investigador no LNETI, onde foi responsável pelas actividades de Investigação e Desenvolvimento em Sistemas Microcomputadores (1981-84) e em Robótica e Visão por Computador (1984-1994). As suas publicações científicas mais relevantes dizem respeito à percepção para robôs móveis. Foi depois Professor Associado Convidado na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Macau (1994-1998) e, de volta a Portugal, Director do Departamento de Electrónica do INETI (1999-2009). Actualmente é Investigador Principal no LNEG. Durante os últimos três anos, dedicou uma grande parte do seu tempo livre à tradução do Tao Te King, a partir das fontes chinesas.

13.12.10

Novas Traduções de Cormac McCarthy

 «Meridiano de Sangue (...) é claramente, a meu ver, o maior feito estético da literatura americana contemporânea.» - Harold Bloom, The New York Observer

«Um romance clássico de regeneração pela violência. McCarthy pode apenas ser comparado com os nossos escritores maiores, com Melville ou Faulkner, e este livro é a sua obra-prima.» - Michael Herr
«Um western moderno (...) que transcende os limites do seu género com imaginação indisciplinada, ousada e insondável. Belos Cavalos é um verdadeiro original americano.» - Newsweek

«O ritmo elegíaco de Belos Cavalos retrata as terras áridas do Texas e do norte do México com uma paixão que a maioria dos escritores não consegue ou não se atreve a explorar.» - Boston Globe

Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda de J. M. Keynes


Em 1936, John Maynard Keynes publicou o livro mais provocador da sua geração. Teoria Geral, como é conhecido por todos os economistas, solucionou vários nós górdios da discussão pré-keynesiana do ciclo comercial e propôs uma nova abordagem para a determinação do nível de actividade económica, os problemas do emprego e as causas da inflação. Os debates acerca do livro prolongaram-se até à morte do autor em 1946 e continuam nos dias de hoje. Apesar de tudo o que foi escrito nos anos posteriores, Keynes e o seu livro ainda representam a ruptura entre a velha e a nova economia, de onde cada geração de economistas retira inspiração para novas tentativas de desenvolver o seu trabalho.

Desenho de Gwendolen Raverat

7.12.10

Livros da Relógio D’Água nos Media (Semana de 29 de Novembro a 5 de Dezembro de 2010)

No Ípisilon do Público de 3 de Dezembro, Maria da Conceição Caleiro escreve sobre Mistérios de Lisboa, obra de Camilo Castelo Branco prefaciada por Raoul Ruiz: "Quase em simultâneo: Mistérios de Lisboa (1854) de Camilo Castelo Branco, em nova edição, com acutilante prefácio do cineasta Raoul Ruiz, e nas salas o filme de Ruiz com o mesmo nome. Autor que aceitou o convite vertiginoso à valsa de mil tempos cruzados. Ambos geniais, se bem que gerados em mundos e momentos diferentes".

Na mesma edição do Ípisilon, João Bonifácio escreve sobre Depois da Chuva de William Trevor: "Na belíssima capa de Depois da Chuva temos o recorte de uma árvore em dia de chuva, magros ramos, frágeis folhas azuladas. É uma imagem justa para tão triste e precioso livro de um mestre da melancolia íntima".