19.6.09

Violência e Cartesianismo Segundo Žižek


Há dois novos livros do esloveno Slavoj Žižek na Relógio D’Água.
O primeiro, O Sujeito Incómodo (The Ticklish Subject), é, com Parallax View, uma das suas principais obras filosóficas. O outro, Violência, tem uma relação mais estreita com a actualidade política, cultural e social.





Segundo Žižek um espectro assombra a comunidade académica ocidental. É o fantasma do sujeito cartesiano.
O Sujeito Incómodo desafia as posições de desconstrucionistas e habermasianos, cientistas cognitivos e heideggerianos, feministas e obscurantistas da New Age, ao desenterrar a essência subversiva deste espectro e ao encontrar nela um ponto de referência filosófico indispensável para qualquer política verdadeiramente emancipadora.
Depois de uma primeira parte filosoficamente mais densa, O Sujeito Incómodo torna-se numa leitura desconcertante sobre as questões políticas e culturais da actualidade.




Em Violência, Slavoj Žižek conduz os seus leitores por uma viagem intelectual e artística – desde a Guernica de Picasso, aos filmes de Alfred Hitchcock e M. Night Shyamalan, aos romances de Michel Houellebecq e a uma análise kantiana do furacão Katrina –, para mostrar como as sociedades compreendem, obscurecem ou negam as fontes de violência. Argumenta que a violência talvez possa ser definida com mais rigor pelos espectadores do que pelos criminosos ou as vítimas. Žižek enumera as variedades da violência, mostrando até que ponto ela se tornou inerente à linguagem, economia e religião.

Nascido em 1949, Slavoj Žižek é psicanalista, filósofo, investigador do Instituto de Sociologia na Universidade de Liubliana, na Eslovénia, e professor visitante na New School for Social Research, em Nova Iorque.
Na Relógio D’Água publicou Bem-Vindo ao Deserto do Real, Elogio da Intolerância, As Metástases do Gozo, A Subjectividade por Vir e A Monstruosidade de Cristo.

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