18.3.24

Sobre Emma, de Jane Austen

 


«O romance conta a jornada de uma jovem de vinte anos para o autoconhecimento e maturidade intelectual e sentimental, através de discussões instrutivas, da (circunscrita) variedade das relações pessoais e experiências vividas. No caso de Emma Woodhouse, estas acções de formação, em boa parte coincidentes com o programa do Bildungsroman, suprimem as deficiências da educação que a mãe cedo falecida não pôde assegurar, em que falharam o pai sem força de autoridade, deslumbrado pelas qualidades da filha, e a preceptora demasiado amiga e condescendente para exigir razoabilidade e o esforço da vontade indispensáveis à formação da discípula.» [Do Posfácio de Jorge Vaz de Carvalho]


Emma (trad. Jorge Vaz de Carvalho) e outras obras de Jane Austen estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/jane-austen/

Sobre A Noite das Barricadas, de H. G. Cancela

 


«Em sessenta e oito viajara para Paris. Maio. Regressaria a África de aí a dois meses. Fizera duas comissões, Angola e Moçambique, a partida para a terceira estava marcada para Julho. Não tivera dificuldade em obter a licença, o regime confiava nele, não havia razões para duvidar da sua fidelidade. Era um dos deles, ele próprio não duvidava disso. Sabia o que pretendia. A viagem era um privilégio, aceitava-o. Poderia ter ido para Itália, Roma, Florença, e talvez nada tivesse mudado. Teria regressado a casa ao fim de duas semanas e ficado a aguardar a data de embarque para Angola. Era a única coisa que lhe importava. África. Escolhera Paris. Partira na segunda semana de Maio. Quando chegara, as ruas estavam em convulsão. No início, ficara estupefacto, observava sem compreender.»


A Noite das Barricadas foi finalista do Grande Prémio de Romance e Novela da APE 2020. Esta e outras obras de H. G. Cancela estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/h-g-cancela/

Sobre O Segredo da Força Sobre-Humana, de Alison Bechdel

 


“Cor? É o primeiro sinal de que algo de novo está a acontecer num livro cheio de floreios familiares, (incluindo) a figura da própria Bechdel, desenhada como uma espécie de cruzamento entre Tintin e Waldo, vibrando de ansiedade, fazendo o possível por fugir de bicicleta, de esquis ou a pé… É um livro que se distingue por uma graça flexível e descontraída, uma ausência de medo que se traduz em simplicidade, disciplina e modéstia.” [The New York Times]


“Surpreendente […], absolutamente absorvente.” [The Atlantic]


Em O Segredo da Força Sobre-Humana, Alison Bechdel oferece-nos uma história fascinante, que vai da infância à idade adulta, atravessando todas as modas do fitness, de Jack LaLanne nos anos 1960 até à estranheza existencial das corridas atuais.

Os leitores veem o seu passado atlético ou semiativo passar-lhes diante dos olhos numa panóplia em constante evolução de ténis de corrida, bicicletas, esquis e diversos outros equipamentos. 

Mas quando Bechdel tenta melhorar-se, esbarra no seu próprio eu. Volta-se para a sabedoria dos filósofos orientais e de figuras literárias, como o escritor beat Jack Kerouac, cuja procura da transcendência ao ar livre surge numa comovente conversa.

A conclusão é que o segredo da força sobre-humana não está nos músculos modelados pelo exercício, mas em algo muito menos claramente definido: enfrentar a sua própria interdependência, não transcendental, mas muito importante, de qualquer coisa que nos rodeia.


O Segredo da Força Sobre-Humana, de Alison Bechdel (tradução de Nuno Batalha), está disponível em https://relogiodagua.pt/produto/o-segredo-da-forca-sobre-humana-pre-venda/

Sobre A Condição Humana, de Hannah Arendt

 



Os problemas que Arendt identificou então, a partir de uma perspectiva histórica — a diminuição da acção humana e da liberdade política; a relação paradoxal entre o aumento do poder humano através da pesquisa tecnológica e a capacidade cada vez menor de controlar as suas consequências; o declínio da esfera privada —, são cada vez mais actuais.


«De vez em quando encontro livros que me dão a sensação de terem sido escritos para mim... "A Condição Humana" pertence a esse pequeno e seleccionado género.» [W. H. Auden]


«A combinação entre um imenso poder intelectual e um excelente bom senso tornam as concepções de Arendt sobre história e política espantosas e óbvias ao mesmo tempo.» [Mary McCarthy, The New Yorker]


«Uma obra realmente extraordinária, uma das melhores interpretações da história contemporânea surgida nos últimos anos.» [William Barrett, Partisan Review]


A Condição Humana (trad. Roberto Raposo) e outras obras de Hannah Arendt estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/produto/a-condicao-humana/

Relógio D’Água na Feira do Livro de Poesia

 


A Relógio D’Água estará presente na Feira do Livro de Poesia, de 19 a 24 de Março, no Jardim da Parada, em Lisboa. Poemas, de Bertolt Brecht, e Neve, Cão e Lava, de Rui Nunes, são dois dos títulos disponíveis.

Mais informação em https://www.casafernandopessoa.pt/pt/cfp/programacao/evento/feira-do-livro-de-poesia-3?occurrenceID=6309

Sobre Diário do Escritor, de Fiódor Dostoievski

 


«A ideia do Diário do Escritor nasceu durante a estada de Dostoiévski no estrangeiro em 1867-1871. Sempre atento aos acontecimentos da vida corrente, o escritor sabia captar nos factos aparentemente insignificantes os indícios de fenómenos históricos globais, sabia discernir o lugar desses factos no processo histórico de desenvolvimento dos países, dos povos e das religiões. Os textos do seu “Diário”, enquanto análise e interpretação dos acontecimentos da sua época do ponto de vista da eternidade histórica, mantêm o seu carácter actual ainda hoje, passado quase um século e meio desde a sua criação.» [Da Nota Introdutória de Nina Guerra]


Diário do Escritor (trad. Nina Guerra e Filipe Guerra) e outras obras de Fiódor Dostoiévski estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/fiodor-dostoievski/

Sobre Diário do Sedutor, de Søren Kierkegaard

 


Johannes é um esteta que se empenha em criar uma possibilidade de sedução de uma jovem mulher. Persegue com dissimulação a inocente Cordelia, até ela ser completamente atraída por ele.

Mas, quando ela está prestes a ceder à sedução, percebe que alguma coisa está errada.

Através deste enredo literário, Kierkegaard reflecte sobre o homem estético: que é atraído pelo prazer sensual e deambula pela vida vitima dos seus instintos, vendo naquilo que o rodeia meios para realizar os seus desejos.

«Na vasta literatura do amor, Diário do Sedutor é uma intrigante curiosidade», observou John Updike sobre esta narrativa que é o último capítulo da Primeira Parte de Ou-Ou. Um Fragmento de Vida.


Diário do Sedutor (tradução de Elisabete M. de Sousa) e outras obras de Søren Kierkegaard estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/soren-kierkegaard/