27.4.24

Sobre Walden, de Henry David Thoreau

 


Crítico do crescimento da industrialização americana, Henry David Thoreau abandonou Concord, no Massachusetts, em 1845, para se isolar nos bosques junto ao lago Walden.

Walden, livro em que o autor narra essa sua estada no local, transmite um maravilhamento pela natureza de um lugar, assim como um anseio pelo transcendentalismo, pela verdade espiritual e pela independência do homem.


Walden, de Henry David Thoreau (tradução de Alda Rodrigues), com prefácio de Ralph Waldo Emerson (tradução de Maria das Neves Gomes), está disponível em https://relogiodagua.pt/autor/henry-david-thoreau/

26.4.24

Sobre Admirável Mundo Novo — Um Romance Gráfico

 


Publicado originalmente em 1932, Admirável Mundo Novo é uma das obras mais reverenciadas e profundas da literatura do século xx. Abordando temas de hedonismo e controlo, humanidade, tecnologia e influência, o clássico de Aldous Huxley reflete a época em que foi escrito, para que nos alerta, e permanece assustadoramente relevante.

A adaptação, esteticamente reimaginada por Fred Fordham, dá a essa poderosa e provocadora história uma nova vida visual, apresentando-a a uma geração de leitores modernos de uma maneira original e envolvente.


Admirável Mundo Novo — Um Romance Gráfico, a partir do romance de Aldous Huxley, Adaptado e Ilustrado por Fred Fordham (tradução de Mário-Henrique Leiria), está disponível em https://www.relogiodagua.pt/produto/admiravel-mundo-novo-o-romance-grafico/

Cristina Carvalho em palestra sobre “A Liberdade da Literatura”

 




Cristina Carvalho estará amanhã, 27 de Abril, pelas 17:00, na Sala Polivalente da Biblioteca Municipal de Lagoa, para uma palestra comemorativa dos 50 anos do 25 de Abril.


«Paula Rego», «Strindberg», «W. B. Yeats» e outras obras de Cristina Carvalho estão disponíveis em: https://relogiodagua.pt/autor/cristina-carvalho/

Nara Vidal em conversa com Ricardo Pedrosa Alves, a propósito da edição de Puro



«São três mulheres velhas que moram em uma casa grande, também velha.

Há no casarão um menino de mais ou menos quinze anos. 

Lázaro não é filho e nem neto de nenhuma delas. Estuda em casa. Dália ensina religião e piano. Lobélia ensina idiomas. Alpínia ensina culinária e noções de anatomia. O volume do rádio está sempre alto para as velhas escutarem música e, dizem as crianças pela cidade, abafar as vozes do sótão. 

A cidade se chama Santa Graça — referência de virtude e limpeza no território nacional. No futuro, negrinho ou doente nenhum foi visto ali.»


Puro, de Nara Vidal, está disponível em https://www.relogiodagua.pt/produto/puro/

Sobre Poemas, de Mário de Sá-Carneiro

 


«A poesia de Mário de Sá-Carneiro, sobretudo nalguns poemas de Dispersão, possui um fulgor, uma força e um dinamismo únicos na lírica portuguesa contemporânea. Pode-se dizer que na sua obra há poemas que nascem de uma impulsão arrebatadora que domina inteiramente a consciência e o corpo, e para a qual a imaginação e a linguagem encontram imediatamente a síntese viva e fulgurante da realidade poética. Essa impulsão pode ser tão intensa e instantânea que se volve vertigem, delírio ou álcool (palavras-chave da poesia do autor de Indícios de Oiro) ou esvai-se, após o seu súbito surgir, ou então obscurece a consciência do sujeito: «Mas a vitória fulva esvai-se logo… / E cinzas, cinzas só, em vez de fogo…», «É só de mim que ando delirante — / Manhã tão forte que me anoiteceu.» [Do Prefácio de António Ramos Rosa]


Esta e outras obras de Mário de Sá-Carneiro estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/mario-de-sa-carneiro/

Sobre Veneza, Um Interior, de Javier Marías

 


«Veneza produz simultaneamente duas sensações na aparência contraditórias: por um lado, é a cidade mais homogénea — ou, se se prefere, harmoniosa — de todas as que conheci. Por homogénea ou por harmoniosa entendo principalmente o seguinte: que qualquer ponto da cidade, qualquer espaço luminoso e aberto ou recanto escondido e brumoso que, com água ou sem ela, entre a cada instante no campo visual do espectador é inequívoco, isto é, não pode pertencer a nenhuma outra cidade, não pode confundir-se com outra paisagem urbana, não suscita reminiscências; é, portanto, tudo menos indiferente. (…)

Por outro lado (e aqui está o contraditório), poucas cidades parecem mais extensas e fragmentadas, com distâncias mais intransponíveis ou lugares que provoquem uma maior sensação de isolamento.»


Veneza, Um Interior (trad. José Bento e Manuel Alberto) e outras obras de Javier Marías estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/javier-marias/

Sobre A Tragédia de Otelo, o Mouro de Veneza, de William Shakespeare

 


«Por isso mesmo, por esta peça ser uma peça de enganos, por o seu enredo, a sua história, se construir contra as aparências e talvez contra o público, embora sempre o seduzindo, é que Iago ocupa o maior espaço em cena. É sim um demónio, mas não o demónio medieval. O vício que representa não é o vício da teologia, mas o vício renascentista, e ele próprio explica os seus motivos com base na dialéctica senhor/lacaio, num mundo em que a “antiga graduação” se perdera e em que só conta o interesse individual de cada qual e os seus jogos de influências. Até é um demónio simpático, é o público que assiste à peça e que, não podendo ocupar o trono de Inglaterra, é tentado a contentar-se com pequenas manobras para subir a algum trono mais à mão, mais caseiro.

Otelo é porém a continuação da história de Romeu e Julieta depois do casamento e o que se vê não é bonito: o desejo de posse e o demónio do ciúme. O amante colabora inconscientemente com as forças que trabalham para tornar impossível o seu amor: por amor humilha, agride e destrói a coisa amada. Mais um exemplo da riqueza com que Shakespeare trata o seu material.» [Do Prefácio]


A Tragédia de Otelo, o Mouro de Veneza (trad. Manuel Resende) e outras obras de William Shakespeare estão disponíveis em https://relogiodagua.pt/autor/william-shakespeare/